Saúde

A influência da Psicologia na saúde é conhecida. A saúde e a psicologia estão associadas desde a origem da medicina, desde que o homem ousou olhar-se. Das artes egípcias à grécia antiga, de Hipócrates a Sócrates, a relação mente-corpo é estudada como unidade. Com o início da psicologia e da psicanálise, em 1882, sensivelmente,  a relação mente-corpo se confirma em ciência(s), com factos. A psicossomática (1918) e a psicologia da saúde (1973) são aquelas que de forma explícita mais se têm dedicado ao estudo dos factores que estão na origem de doenças físicas relevantes. Dos seus avanços salientamos, a certeza na correlação mente e corpo, no cancro, na psoríase, na dor crónica, na hipertensão arterial, na asma, na fibromialgia, nas perturbações no sistema digestivo ou na artrite.

Pela possibilidade  de promoção da saúde, prevenção da doença, procura de remissão ou ausência de recaída, a integração de diversas perspectivas científicas têm comprovado resultados significativos de melhoria, pela acção da psicologia. Ação da psicologia na saúde, além preocupação na identificação clara dos factores que influenciam essa correlação, tambem procura saber como é que se pode intervir e onde. Atenuar o sofrimento, aumentar a resistência do paciente, facilitar o processo de recuperação, evitar recaídas ou potenciar a qualidade são alguns dos objetivos da psicologia em saúde física. Dos conhecimentos hoje já disponíveis e divulgados, salientamos relatórios tais como os da ordem dos psicólogos portugueses (relatório de evidência cientifica sobre custo-efectividade das intervenções psicológicas em cuidados de saúde, 2011) que assentam sobre o impacto da intervenção dos psicólogos em instituições de saúde – redução de custos, utilização de recursos e redução no uso de psicofármacos-. Este tipo de relatórios, estudos,  têm contribuído para reforçar a ideia que deverá ser integrada e agida que é a ideia de que o ser humano é um ser biopsicossocial, isto é, sendo uma soma superior de três partes, em particular – biológico, psicológico e social – devem sempre estar na mira da acção quando o objectivo é o bem estar. É isso que fazemos.Em situação de sofrimento, já não é pensável não reflectir e intervir nestas três áreas nas quais qualquer um de nós se move diariamente. 

A saúde é essencial e para esta o equilíbrio mental, fulcral, pois dependemos a 99% do nosso cérebro, da nossa mente. Manter-mo-nos saudável é pensamento de todos, todos os dias. Prolongar a vida, prolongar a felicidade e o bem-estar.  Se o sofrimento é psicológico, movemo-nos para o psicológico, de forma a contê-lo, a traduzi-lo e a resolvê-lo. Se o sofrimento é físico, tentamos não acrescentar-lhe o psicológico. Por vezes ou habitualmente queremos uma solução mais rápida, com recursos a medicamentos, mas estes não substituem outro ou outros. Pode-se inclusivé acrescentar mais umas partículas que orbitarão a base do sofrimento que já possuímos. O corpo responde pela mente ou a mente responde pelo corpo, desde sempre. Expressões populares tais como: ‘o que os olhos não vêm o coração não sente’, ‘ficar com o coração nas mãos’, ‘mãos frias, coração quente’, ‘cair de quatro’, ‘comer com os olhos’, ‘ bater as botas’, ‘ tirar a barriga de miséria’,  entre outras  evocam precisamente como se vive: na relação corpo-mente. E esta dualidade deve ser integrada, manipulada e tonificada pela própria pessoa, sozinha ou acompanhada.

 

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