Psicose

A psicose é um distúrbio psicológico grave que acarreta grande preocupação quer do próprio, quer dos que o rodeiam. Tem por base original, a não resolução de um conflito psicológico de grande importância e sofrimento, mais do que a pessoa pode suportar, de forma circunstancial ou em permanência. O seu diagnóstico requer perícia, acuidade técnica e qualidade de tempo com a pessoa para que só assim se possa diagnosticar uma psicose.

Neste distúrbio existe um conflito que se dá entre a realidade, o real e o Eu, o que leva ao fracasso ou falência do funcionamento global da pessoa. Podemos dizer que existem duas etapas na instalação da psicose:

  • 1-Afastamento da pessoa das suas atividades habituais, das pessoas e dos seus ‘lugares-comuns’ ;
  • 2- Em face do sofrimento, há uma tentativa intensa (e vã) em remodelar a realidade
 
 
A psicose, enquanto estrutural, constituiu-se ao longo do desenvolvimento e inicia-se na infância, com falhas graves muito precoces. Manifesta-se comummente na adolescência, quando os processos psíquicos procuram sustentação para as mudanças corporais, hormonais, psicológicas e afetivas e não encontram, dando-se pois os primeiros surtos psicóticos. A infância pode decorrer dentro daquilo que será uma normalidade, contudo, haverão sempre sinais quer do sofrimento a que a criança está exposta quer do seus comportamento que apresentará já algumas alterações. A auto-estima numa pessoa  diagnosticada com psicose é nula ou quase inexistente e o seu sentimento interno é de destruição total, despedaçamento.
 
Quando uma pessoa tem um surto psicótico não significa que seja psicótica, se fôr diagnosticada como psicótica não quer dizer que o seja por uma vida inteira.
 
Existem várias causas que podem estar associadas a um episódio de descompensação psicótica. A própria adolescência pode provocar algo semelhante ou por exemplo quando a pessoa ingere tóxicos com alto grau de manipulação cerebral.
 
Na psicose de origem, consideramos que a existência da pessoa é posta em causa até à sua aniquilação total e um sentimento de vazio que vai além do luto continuado. O sofrimento intenso a que a pessoa psicótica está sujeita é tão grande que aos poucos leva a uma deteriorização mental, ficando pois, perante tamanho vandalismo, incapaz de cuidar de si, ser autónoma, ou voltar à vida que tinha. De primário estático, morto em vida, sem o Eu, sem o Outro, é um Outro, o que suga, sendo primordialmente aquele sofre a destruição.

Dos sintomas mais comuns, salientamos:
1.Uma grande intolerância à frustração
2. Predomínio de impulsos destrutivos, catastróficos, em relação a si ou a outros;
3.Uma angústia muito severa a pensar
4. Alucinações auditivas e visuais
5. Ideias Delirantes, bizarras
6. Embotamento afetivo
 
Existem vários tipos de Psicose e diagnósticos. Como exemplo:

Autismo

  • Autismo ( a apresentar brevemente)

Psicose

  • Psicose Paranoide ( a apresentar brevemente)
  • PMD- Psicose Maníaco-Depressiva ( a apresentar brevemente)

 Esquizofrenia

  1.   Ideias delirantes
  2.  Alucinações
  3. Discurso Desorganizado (por exemplo, descarrilamento ou incoerência frequente)
  4.  Comportamento marcadamente desorganizado ou catatónico
  5.  Sintomas negativos, isto é, embotamento efectivo, alogia ou avolição
  6. Disfunção Social/Ocupacional (desde o inicio da perturbação por um período significativo de tempo uma ou mais áreas da sua vida, por exemplo – o trabalho, o relacionamento interpessoal ou cuidado próprio – estão abaixo do nível mínimo)
 
O tratamento da Psicose, depende. De uma forma geral, a psicoterapia de orientação analítica a par do tratamento psicofármaco pode ser uma excelente opção, se à técnica da primeira, aliarmos a atenuação imediata dos sintomas. O Psicodrama também é uma solução viável para situações psicóticas.
 

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