Reentrada na Escola
Depois de um bom período de férias, cheio de atividades e alegria, recomeça a escola. Entre os dias 15 a 21 de Setembro, todas as crianças voltam à escola, após três meses de folia. A reentrada, depois das férias de verão, é entendida, em geral, como aborrecida. O ir à escola para as crianças, mais pequenas, é quase sempre um acontecimento agradável. O ritmo leva-as as esquecer que podiam estar em casa rodeados de brinquedos e também na companhia dos pais. Os mais crescidos já mais autónomos, não acham assim tanta graça ao regressar à escola. Os amigos vêem-se fora da escola, as atividades são mais independentes e a autocrítica também é maior. As primeiras semanas após a reentrada é sempre acompanhada de reclamações e preguiça, o que afinal é natural. Acordar cedo, passar o dia a escrever e a entender problemas. Diversas disciplinas, trabalhos para casa. Cópias e ditados. Responder, Resolver, Entender. Atenção e concentração no novo, constantemente, esforça qualquer pessoa, quanto mais uma criança que se manifesta com grande sinceridade.
Não deve ser motivo de preocupação o choramingar, habitualmente, sem lagrima que a criança pode apresentar por reentrar na escola. Motivo de preocupação deve ser quando as crianças apresentam sinais de mal estar, sem significado ou sem saberem a razão, pesadelos com frequência ou quando adoecem. A tensão e o temor de reentrar em aulas pode significar que a criança poderá estar a passar por dificuldades escolares. Habitualmente, as notas ou as atividades que implicam uma classificação não são a preocupação da criança mas sim os colegas, o ambiente ou até um professor. Nesta situação, é sempre aconselhável uma conversa com a criança para que esta possa explicar o seu problema. A questão poderá passar por uma rotina de desapego e insegurança que vem de casa, da família e depois transparece de forma deslocada sobre a escola ou poderá passar pelas ações mais agressivas dos colegas, inspirando um pouco situações de bullying. Se criança se queixa especialmente quando vai para a escola e melhora o seu humor quando chega a casa, eventualmente, a questão passa pelo ambiente na escola, se ocorre o contrario pois o pensamento oposto deve ser colocado. De uma maneira ou de outra é necessário investigar com tempo a questão da criança. O negar-se a ir à escola pode surgir quando a criança passa um longo período em casa na companhia em especial da mãe.
O acolhimento materno poderá levar a pequenos comportamentos regressivos que em confronto com a realidade pode conduzir à rejeição da escola. O medo ou a rejeição vai ser vivenciado pela criança de diversas formas. A intensidade da sua vivência deve também ser motivo de analise e averiguação por parte dos pais. Se a situação não for atenuada, a criança pode continuar em sofrimento por ir à escola e a longo prazo essa situação pode refletir-se nas notas. Pode desenvolver problemas sérios sociais e psicológicos que terão tendência aos poucos a limitar a criança e em especial a quebrar ritmos relacionais de sinceridade e de pensamento. O acompanhamento por parte dos pais, das questões da criança, devem ser uma constante.
A reflexão sobre as questões da criança em relação à escola, ao conhecimento com base na sinceridade dos pais é uma mais valia para que a criança compreenda e goste de ir à escola. Os tempos para estudo e para brincadeira podem ser negociados e os tempos para descansar e para não fazer nada deverão ser incluídos.
Se tem uma pergunta para nós, Escreva-nos. (Gratuito). Se acha que não consegue resolver sozinha/o. Marque uma consulta.
info@mpauladias.com
http://www.mpauladias.com
Psicologia Clínica. Psicoterapia. Psicanálise.